2006/09/17
O Código Da Aldeia Descodificado
É Domingo de tarde, e como qualquer bom português acordei perto das doze da madrugada, ainda mal estava a nascer o sol. Depois de piscar repetidamente os olhos, fazer a xixizada e tomar o pequeno almoço, fui logo de seguida almoçar. Depois disso sentei-me aqui à frente do meu Pentium quatro e meio e cá estou, pronto para fazer perder o vosso tempo com mais uma postagem estúpida aqui no blog, e que vos fará ler este parágrafo e exclamar um "C***, quer dizer que eu perdi 47 segundos a ler este parágrafo que na verdade não diz nada?", ao que eu respondo, sim perderam, e lamento por isso, mas lembrem-se que em vez disso podiam estar a ver um comício do Bloco de Esquerda. Há que ver as coisas de um lado positivo.
*** - Deve ler-se Conchinchina.
Estou pois aqui a pesquisar qualquer coisa com que vos possa deliciar desta vez, quando me surge um tema que sempre surgiu alguma controvérsia entre os vários países, sobre o qual se fizeram inúmeras investigações e sobre o qual vários licenciados perderam o seu tempo a publicar longas teses, vencedores de prémios Nobel dissertaram sobre isso e até o Papa deve ter mencionado o assunto numa das 178 linguas em que fala, mas apenas um genéro de pessoas é experiente nesta matéria, insistindo em demonstrar isso diariamente a todos os leigos que não dominam o assunto. O tema em questão, esse, é óbvio: as expressões tipicamente portuguesas. O tipo de pessoas faz parte de toda uma panóplia de individuos, indo desde a senhora Angelina de Ferrilhós de Baixo até ao Artur, serralheiro de Paredes do Buçaco. Estes usam diariamente as expressões portuguesas no seu dia-a-dia, entendo-se assim uns com os outros de forma a que quem viva em zonas urbanas não os possa compreender.
As expressões portuguesas tornam-se assim numa espécie de código utilizado por todo aquele que mora em aldeias ou está na terceira ou quarta idade. Sim, aquelas mesmas pessoas que criticam os jovens, nomeadamente aquele género de jovem chamado "pita", por usarem o x e o h no fim das palavras (eu também critico, mas é matéria para outro post). Também esses usam o seu próprio código, e aposto que usavam na juventude, não com telemóveis, porque não existiam na altura, mas com certeza que escreviam assim naqueles copos de iogurte com um fiozinho com que eles falavam um com o outro. De facto, enquanto que nós vivemos à custa da Vodafone, eles viviam à custa da Danone.
Não querendo fugir muito ao assunto, quero-vos mostrar como os nossos avós, e, para aqueles que têm pais mais velhinhos, os nossos pais, usam o seu próprio código para descrever situações sem nos dar a entender, tirando com isso uma vantagem importante para... nada. Ok, talvez ajude os espiões nos serviços secretos portugueses. O blogueiro ao ler isto vai dizer "este gajo é um parvo, não só pelo texto sem conteúdo que ele escreve mas também porque não há serviços secretos portugueses", e eu digo "Há sim senhora" e vocês dizem "O tanas!" e eu digo "Há sim, são secretos por isso vocês não conhecem" e vocês dizem "Pffff eu vou é ver o Você na TV" e eu digo "Vão lá seus patifes" e continuo a dissertar.
Vamos então à prática. Entre as ditas expressões portuguesas, podemos encontrar as seguintes pérolas, por ordem alfabética, não porque eu ordenei mas sim porque o site onde eu visualizei estas expressões, entre outras - http://pintopc.home.cern.ch/pintopc/www/cois&lois/Dizeres.html - é um site simpático.
- A pensar morreu um burro - Expressão que significa que os burros não morrem apenas de velhice;
- Apanhar (alguém) com a boca na botija - Expressão muito usada na Casa Branca, principalmente no mandato do Clinton
- As paredes têm ouvidos - Expressão utilizada por Soares Franco, quando Miguel Ribeiro Telles lhe disse à frente de Carlos Paredes que não o achava melhor que um Custódio ou um Carlos Martins;
- Chorar lágrimas de crocodilo - Lágrimas choradas por Rui Costa enquanto jogador da Fiorentina quando marcou ao Benfica;
- Como burro a olhar para um palácio - Expressão do Zé Maria quando viu a casa do Big Brother;
- Comprar gato por lebre - Expressão utilizada quando ainda não tinha sido inventado o dinheiro, e os gatos eram comprados com lebres;
- De mal a pior - Expressão usada por todos os portugueses que não eram da Figueira da Foz quando Pedro Santana Lopes foi nomeado primeiro-ministro;
- Deitar areia para os olhos - Expressão muito usada no Algarve em Agosto por quem leva miúdos para a praia;
- Estar a meter água - Expressão usada por quem denunciou uma onda gigante no Algarve aqui há uns anos;
- Estás aqui estás a 'comer' - Muito usada nos restaurantes portugueses pelos empregados com mania que são engraçadinhos;
- Fugir com o rabo à seringa - Expressão usada no termo do mandato de Fátima Felgueiras;
- Matar dois coelhos com uma cajadada - Alguém que consiga a proeza de se livrar do Paulo Coelho e do Jorge Coelho ao mesmo tempo;
- Mau Maria! - Programa da Sic Radical;
- Misturar alhos com bugalhos - Aquilo que António Fiúza e os advogados do Gil Vicente fazem diariamente;
- Não fazer mal a uma mosca - Expressão usada para descrever a maioria dos repelentes de insectos;
- Nunca o vi mais gordo - Expressão usada pelos adeptos do Beira-Mar quando Jardel regressou;
- Para bom entendedor, meia palavra basta - A ministra da educação... (texto em falta)
- Pior a emenda que o soneto - Diz-se acerca das obras no Largo do Gemini;
- Quando as galinhas tiverem dentes - Expressão usada para descrever as esperanças de todos os militantes do Partido Comunista;
- Tapar o sol com uma peneira - Usado para descrever qualquer bom português desenrascado que se esqueça do guarda-sol num Domingo de praia;
- Toma que já almoçaste! - a meu ver, um bom nome para uma sobremesa.
- Vira o disco e toca o mesmo - Diz-se de todas as telenovelas da TVI.
Espero sinceramente ter contribuído para aumentar a cultura de qualquer pessoa que venha aqui. Quanto muito, espero ter mais uma visita naquele contador de visitas, para depois emoldurar e pendurar ali em cima da lareira, à beira do troféu de campeão do bilhar grande, para onde me mandam muitas vezes dar uma volta. Enfim, me despeço então, e continuem a visitar o Cataplanas!
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4 comentários:
epaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
tu es fantastico..inda nao sei em que mas prometo que nao descansarei em descobrir algo. Prometo...entretando, vai la continuando a postar estes posts.Fantastico!!!
Armar-se em carapau de corrida - Tu!!!!
Sim senhor...
Olha já ñ sei se és tu que "falas, falas e não dizes nada" ou se sou eu k devo dizer "olha falar, falast bem..o k prcbi foi nada, mx k falast bem falast"!
Já não digo k parecia k havia 1 burro a olhar para o palácio kando este lia o 1º parágrafo do teu post!
E corri o teu texto com bla blá blá
até k parei onde dixia "jovens, nomeadamente aquele género de jovem chamado "pita", por usarem o x e o h no fim das palavras (eu também critico, mas é matéria para outro post). " mx ké isto, pá ???? mx k m***** é esta?
***** deve ler-se Marmita
Fika sabendo k utilixar os x's e os h's nos finais está muito na modah!!!!!!!!!!!ah, pois.. vai-t catar, homenzinho de meia tigela...
bem esta foi 1 expressão inspirada na revolta dx adolescentes k ñ toleram ser denomindadas por esse nom todo estrambólico ou por miúdas... fogo pensei k havia 1 regulamento em k era proíbido insultar gente menor (k o keu axo engraçado é k fax difrença d iddx d 1 ano, mx tb!)
Quanto ás expressões utilizadas.. ñ t preocupes k eu sempre mas lembrarei kd tiver k falar contigo
Assim me despeço
"as aparencias iludem!"
traduzindo: miguel para de fingir k dominas isto
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